Quando a viagem é um reencontro com quem fomos e não apenas com um lugar.
O turismo genealógico não é uma moda passageira, é uma necessidade humana de reencontro.
Em um mundo acelerado e cada vez mais impessoal, ele representa um contraponto: a busca por sentido, pertencimento e continuidade. E para cada viajante que pousa em Lisboa, Porto ou nos Açores em busca de uma certidão, há uma história que se reconecta e uma nova que começa a ser escrita.
Algumas viagens que começam no aeroporto, mas existem aquelas que começam em uma lembrança. Para muitos descendentes de europeus, especialmente de portugueses espalhados pelo mundo, o impulso de viajar não nasce do desejo de conhecer algo novo, mas de se reconhecer em seu passado histórico.
É o que move o chamado turismo genealógico: uma tendência que cresce silenciosamente em todo o mundo, transformando a busca pelas origens em um ato de pertencimento. Mas, mais do que uma tendência passageira, esse tipo de turismo tem se tornado um movimento que une emoção, história e identidade, uma forma de “voltar a casa”, mesmo que essa casa exista apenas nas memórias de quem veio antes.
A equipe Start! Be Global apresenta hoje um artigo que explica a importância desse retorno às origens e como podemos ajudá-lo e encontrar mais do seu próprio passado com o apoio de uma equipe especialista em genealogia.
Um fenômeno global movido pela memória
Segundo a Organização Mundial do Turismo, o chamado “turismo de raízes” é aquele baseado na visita a lugares de procedência própria ou ancestral, ou seja, o local de onde vieram os antepassados.
Em 2014, a pesquisadora portuguesa Maria Helena Preto descreveu o turismo genealógico como uma resposta a um mundo cada vez mais globalizado e desenraizado:
“Viajamos para aprender mais sobre o mundo, mas às vezes, viajamos para aprender mais sobre nós mesmos.”
A ideia ganhou força em países com grande diáspora, como Irlanda e Escócia, que criaram programas nacionais, como o Homecoming Scotland 2009 e o The Gathering Ireland 2013, voltados para receber descendentes que desejavam reconectar-se às suas origens.
O resultado foi surpreendente: além de um impacto emocional profundo, esses projetos geraram milhões em receitas turísticas e revitalizaram pequenas vilas e comunidades esquecidas.
Hoje, o mesmo movimento começa a ecoar em Portugal, um país de emigrantes e de histórias que atravessaram oceanos.
🇵🇹 Portugal: o lar reencontrado de milhões de descendentes
Foram séculos de partidas. Desde as caravelas do século XV até as ondas migratórias do século XX, milhões de portugueses deixaram o país em busca de novos começos no Brasil, nos Estados Unidos, no Canadá, na França e em Luxemburgo.
Mas com o passar do tempo, as novas gerações começaram a sentir o chamado inverso: o desejo de voltar.
Esse retorno simbólico tem se manifestado em roteiros personalizados, visitas a arquivos distritais, caminhadas por aldeias, igrejas e cemitérios onde repousam nomes familiares.
No Porto, por exemplo, o Arquivo Distrital recebe pedidos diários de brasileiros em busca de certidões e registros de batismo de seus antepassados. Muitos não se contentam com o papel, querem ver o lugar, caminhar pelas ruas onde esses nomes viveram.
De acordo com estudos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal reúne todos os elementos para se tornar um dos destinos mais fortes do turismo genealógico europeu: história documentada, laços emocionais com ex-colônias e uma diáspora estimada em mais de 5 milhões de pessoas.
Como começa a jornada genealógica?
Toda viagem genealógica começa com uma pergunta simples: “De onde eu venho?”
Às vezes, é uma lembrança de infância, o avô que falava “palavras estranhas” de um português antigo, o sobrenome diferente que sempre despertou curiosidade, a fotografia amarelada com uma legenda quase ilegível. Outras vezes, é um documento esquecido: uma certidão de batismo, um registro civil, uma história de família contada nas entrelinhas.
Mas a partir desse primeiro fio de memória, o que se revela é uma verdadeira expedição histórica.
E é aí que entra a pesquisa genealógica, o ponto de partida para o chamado turismo de raízes.
Da árvore genealógica ao roteiro de viagem
O processo de redescoberta das origens geralmente segue três etapas:
- Pesquisa documental e genealogia familiar:
A jornada começa à distância, nos arquivos e nas bases digitais. É o momento em que genealogistas e especialistas vasculham registros civis, paroquiais e cartoriais, muitos dos quais digitalizados em acervos como o Arquivo Distrital do Porto, Torre do Tombo, ou plataformas internacionais como FamilySearch, parceira de diversos centros de história da família em Portugal. Cada nome encontrado é uma peça do quebra-cabeça. A cada certidão recuperada, surge um novo elo entre o passado e o presente.
- Viagem às origens
Depois de identificar o local de nascimento ou batismo de um antepassado, muitos viajantes decidem visitar esse lugar, seja uma aldeia nos Açores, uma freguesia do Minho ou uma rua antiga em Lisboa. Essa é a essência do turismo genealógico: transformar um dado histórico em uma experiência real. Caminhar pelas mesmas ruas, visitar a igreja onde um trisavô foi batizado, tocar o chão que há séculos sustentou a família.
Como diz a pesquisadora Maria Helena Preto, é “um turismo de histórias e memórias de família, onde o passado se torna um recurso emocional e cultural”
. - Reconexão e pertencimento:
A etapa final é emocional e muitas vezes inesperada. Ao encontrar o vilarejo de origem, muitos viajantes relatam uma sensação profunda de familiaridade, mesmo sem nunca terem estado ali. É o instante em que a viagem deixa de ser apenas turística e passa a ser genealógica.
Nesse momento, o “visitante” se transforma em “descendente” e o destino em casa.
Da busca pela certidão à experiência transformadora
A jornada de quem busca suas origens costuma começar com um documento: um registro antigo, uma certidão, um sobrenome perdido entre os séculos.
Mas o que começa como um processo burocrático, rapidamente se transforma em uma descoberta de identidade.
Empresas especializadas, como a Start! Be Global, têm se tornado pontes entre passado e presente, guiando pessoas na pesquisa genealógica, na busca de certidões e no processo de nacionalidade portuguesa.
Para muitos clientes, é mais do que um serviço; é uma viagem emocional. Afinal, reconhecer um antepassado é, de certa forma, reconhecer a si mesmo.
O turismo genealógico nasce exatamente dessa conexão: do desejo de percorrer o mesmo caminho que os avós percorreram, de tocar as pedras de uma igreja onde um bisavô foi batizado, de ouvir o sotaque que atravessou gerações.
O turismo de raízes e o futuro da cidadania emocional
De acordo com a ANSA (2025), o chamado “turismo de raízes” poderá gerar 8 bilhões de euros por ano apenas para a Itália, impulsionado pela busca de descendentes de imigrantes latino-americanos. Portugal segue a mesma trilha, com um diferencial poderoso: a possibilidade de transformar a viagem em pertencimento legal, através do reconhecimento da cidadania portuguesa.
Para muitos brasileiros, a genealogia é o primeiro passo de uma dupla jornada: descobrir quem foram os antepassados e, a partir disso, reconectar-se oficialmente à pátria de origem.
Essa união entre emoção e legalidade torna o turismo genealógico português um fenômeno único: ele não termina na viagem, mas se perpetua em um novo começo.
O sentido de “voltar”
Há quem diga que o turismo genealógico é uma forma de “viagem espiritual”. Não no sentido místico, mas no de reconectar-se com algo que o tempo não apagou.
Ao refazer o caminho dos antepassados, cada viajante resgata um pedaço da própria identidade e descobre que o passado não está tão distante assim.
Talvez por isso, como resume a pesquisadora escocesa Caroline Legrand, “a genealogia não é sobre encontrar nomes antigos, mas sobre reencontrar o sentido de pertencimento”.
E em Portugal, terra de partidas e retornos, essa busca nunca foi tão atual.
Como a Start! Be Global ajuda você a transformar suas raízes em destino
Na Start! Be Global, cada história é tratada como única.
A jornada começa com a Pesquisa Genealógica, passa pela Busca de Certidões e, quando o vínculo é confirmado, pode seguir para o processo completo de nacionalidade portuguesa. Mas o mais importante é o que vem junto: a emoção de descobrir a terra dos antepassados e, muitas vezes, visitá-la pela primeira vez.
Com equipes em Portugal e no Brasil, a Start! atua como ponte entre gerações: unindo tecnologia, pesquisa histórica e acolhimento humano.
Porque voltar às origens é mais do que um sonho: é uma forma de reconhecer quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir.
Converse com nosso time de especialistas em Genealogia e descubra como encontrar o início da sua história e possivelmente encontrar um novo recomeço na Europa.